quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Governo estuda estratégias para impulsionar comércio exterior


Governo e empresas estudam desenvolver, juntamente com a segunda etapa da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), uma nova estratégia para aprimorar o comércio exterior do Brasil.
A informação foi dada nesta segunda-feira (14) pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que participou de reunião promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo.

"Não faz sentido termos uma política de desenvolvimento produtivo se não tivermos, paralelo a ela, uma política de comércio exterior acertada com o setor produtivo", disse Pimentel após debater o assunto com representantes do segmento empresarial por mais de duas horas, a portas fechadas.
"Essa estratégia terá foco no longo prazo para definirmos como vamos agregar mais valor às nossas exportações e reduzirmos nossa dependência de importações, em alguns casos", complementou.

O ministro confirmou que a PDP 2 será lançada até meados de abril, como comentou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que também participou da reunião.
Pimentel ainda acrescentou que a PDP 2 terá como um de seus pontos centrais a inovação e a qualificação de mão de obra, com a criação de centros técnicos de especialização.

Outras questões, como a desoneração dos investimentos, a recuperação dos créditos do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação (ICMS) e a desoneração das exportações também farão parte do programa.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou que o aumento da taxa de importação para alguns setores ainda está sendo avaliado, mas em sua opinião, a melhoria da defesa comercial do país traria resultados mais satisfatórios.

Os trabalhos serão coordenados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que de acordo com Pimentel, será reativado por instrução da presidente Dilma Rousseff. Ele será composto por 14 representantes do setor empresarial e 15 membros de governo, constituindo o principal canal de interlocução entre as duas partes.

Fonte: Valor Online

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